PARANÁ

'Não é um ultimato', diz Ratinho Junior sobre prazo dado ao governo federal para definição do novo pedágio do Paraná

Líder do governo na Alep, Hussei Bakri (PSD), disse no início do mês em plenário que, se não houvesse decisão até o fim de março, estado não entregaria rodovias a concessões.
21 de março de 2023
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O governado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), afirmou nesta segunda-feira (20) que o prazo dado pelo governo dele para definição do novo pedágio pelo governo federal "não foi um ultimato".A explicação foi feita durante entrevista exclusiva à RPC. Em 6 de março, o líder do Executivo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Hussein Bakri (PSD), disse que o governo estadual só esperaria até o fim do mês por uma decisão do governo federal sobre o novo modelo de concessões De acordo com o líder do governo, Ratinho decidiu que, caso não houvesse uma definição até lá, o Paraná não entregaria as rodovias estaduais para concessão.

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Nesta segunda, Ratinho foi questionado se a data limite estava mantida. O governador disse que a bancada do governo na Alep está apreensiva, querendo que o assunto se resolva.

"Eu falei, obviamente, para o ministro Renan Filho [dos Transportes] que nós temos que ter um prazo para essa solução, não dá para ficar toda semana postergando",afirmou Ratinho.O governador disse que tem visto boa vontade do ministro e do governo federal para tentar definir o modelo o quanto antes. "Eu espero que até o final de março a gente possa ter uma apresentação daquilo que o governo federal entende, eu não acredito que tenha muito o quê mudar", completou.

"Claro que não é:' dia 30 eu vou deixar de passar as rodovias', mas a gente espera que o governo federal já dê uma sinalização que está no modelo ideal para que a gente possa avançar", disse.

 

Segundo Ratinho Junior, já houve sinalização por parte do governo federal da necessidade de reduzir a chamada curva de aporte do novo modelo de concessão. Esse é um depósito em dinheiro que aumenta conforme o desconto oferecido pelas concessionárias no leilão das rodovias.

No último modelo discutido, as concessionárias só começariam a pagar o aporte a partir de 13% de desconto em cima da tarifa base de cada trecho estabelecida para o leilão.

O valor do depósito aumenta progressivamente. Por exemplo: se a tarifa base fosse R$ 10, e a concessionária oferecesse 15% de desconto, o valor pago pelo motorista seria de R$ 8,50 e a empresa teria que depositar R$ 150 milhões como aporte.

Se o desconto fosse de 30%, o usuário iria pagar R$ 7 de pedágio, mas a concessionária precisaria depositar mais de R$ 1,7 bilhão. Os estudos, agora, são para exigir o depósito só quando as concessionárias apresentarem um desconto ainda maior.

Os detalhes sobre os novos contratos de pedágio estão sendo discutidos em Brasília pelo Ministério dos Transportes. A bancada federal do Paraná montou uma comissão para negociar possíveis mudanças no modelo.

Os detalhes sobre os novos contratos de pedágio estão sendo discutidos em Brasília pelo Ministério dos Transportes. A bancada federal do Paraná montou uma comissão para negociar possíveis mudanças no modelo.

 

Por G1 PR

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