O governado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), afirmou nesta segunda-feira (20) que o prazo dado pelo governo dele para definição do novo pedágio pelo governo federal "não foi um ultimato".A explicação foi feita durante entrevista exclusiva à RPC. Em 6 de março, o líder do Executivo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Hussein Bakri (PSD), disse que o governo estadual só esperaria até o fim do mês por uma decisão do governo federal sobre o novo modelo de concessões De acordo com o líder do governo, Ratinho decidiu que, caso não houvesse uma definição até lá, o Paraná não entregaria as rodovias estaduais para concessão.
Nesta segunda, Ratinho foi questionado se a data limite estava mantida. O governador disse que a bancada do governo na Alep está apreensiva, querendo que o assunto se resolva.
"Eu falei, obviamente, para o ministro Renan Filho [dos Transportes] que nós temos que ter um prazo para essa solução, não dá para ficar toda semana postergando",afirmou Ratinho.O governador disse que tem visto boa vontade do ministro e do governo federal para tentar definir o modelo o quanto antes. "Eu espero que até o final de março a gente possa ter uma apresentação daquilo que o governo federal entende, eu não acredito que tenha muito o quê mudar", completou.
"Claro que não é:' dia 30 eu vou deixar de passar as rodovias', mas a gente espera que o governo federal já dê uma sinalização que está no modelo ideal para que a gente possa avançar", disse.
Segundo Ratinho Junior, já houve sinalização por parte do governo federal da necessidade de reduzir a chamada curva de aporte do novo modelo de concessão. Esse é um depósito em dinheiro que aumenta conforme o desconto oferecido pelas concessionárias no leilão das rodovias.
No último modelo discutido, as concessionárias só começariam a pagar o aporte a partir de 13% de desconto em cima da tarifa base de cada trecho estabelecida para o leilão.
O valor do depósito aumenta progressivamente. Por exemplo: se a tarifa base fosse R$ 10, e a concessionária oferecesse 15% de desconto, o valor pago pelo motorista seria de R$ 8,50 e a empresa teria que depositar R$ 150 milhões como aporte.
Se o desconto fosse de 30%, o usuário iria pagar R$ 7 de pedágio, mas a concessionária precisaria depositar mais de R$ 1,7 bilhão. Os estudos, agora, são para exigir o depósito só quando as concessionárias apresentarem um desconto ainda maior.
Os detalhes sobre os novos contratos de pedágio estão sendo discutidos em Brasília pelo Ministério dos Transportes. A bancada federal do Paraná montou uma comissão para negociar possíveis mudanças no modelo.
Os detalhes sobre os novos contratos de pedágio estão sendo discutidos em Brasília pelo Ministério dos Transportes. A bancada federal do Paraná montou uma comissão para negociar possíveis mudanças no modelo.
Por G1 PR