O Atlético-MG venceu o Cuiabá por 3 a 0 no Mineirão. Um resultado a ser bastante comemorado pela torcida, que compareceu e apoiou. Entretanto, o alívio é momentâneo. Acabará rapidamente. No domingo, tensão e atenção total para enfrentar o Corinthians, que, ainda que não tenha mais pretensões no torneio, é um rival bem mais complicado.
A vaga na Libertadores está próxima. Para não depender de nenhum outro resultado, basta ao Atlético empatar contra o Timão na Neo Química Arena. Assim irá para 56 pontos, e já não poderá ser ultrapassado por nenhum time fora do G-8. Com o triunfo elástico, o Atlético voltou à sétima colocação.
A partida contra o Cuiabá - que ainda precisa escapar do rebaixamento, mas tem bom saldo de vantagem contra o Atlético-GO - foi a vitória mais elástica do Galo em casa desde o triunfo diante do fraco Brasiliense na Copa do Brasil, em abril. E a maior vitória da "era Cuca III".
A noite foi de boa apresentação coletiva. O Galo sofria para transformar as chances em gol, principalmente em casa. A zaga que foi superada duas vezes pelo Botafogo, foi sólida, e Everson praticamente não trabalhou.
Na parte tática, a única alteração foi a presença de Otávio na vaga do suspenso Allan. Cuca repetiu a equipe, praticamente. Desta vez, o ótimo momento individual de Eduardo Vargas (vilão de outrora) se converteu em gols. Foi dele a assistência para o segundo gol de Keno, e ainda anotou o terceiro.
Para um alívio total da pressão no jogo, o Atlético abriu o placar aos 4 minutos de jogo. Uma bola cruzada na área, que pipocou até entrar, no toque de Keno. Foi o gol relâmpago que até aconteceu contra o Botafogo, mas anulado pelo VAR. A tecnologia, desta vez, foi acionada para validar o segundo gol do camisa 11, na tabela com o chileno.
O Galo terá pouco tempo de descanso, ainda convive com lesões de protagonistas (Arana e Hulk), o zagueiro Alonso e o atacante Sasha foram baixas de última hora, e o banco do Atlético está enfraquecido. O técnico Cuca comandou a equipe diante de uma faixa "apócrifa" no centro do gramado, que lhe agradecia e o chamava de "o maior". O que parece um clima de despedida só terá confirmação no domingo.
O lendário técnico alvinegro tem contrato só até o fim da temporada. Falta um compromisso para que essa terceira passagem atinja a vaga na Libertadores, e que, se for a saída definitiva de Cuca no Galo, termine de uma forma bem mais condizente com o seu legado deixado no clube: três das cinco principais taças da história do Atlético.
E que ele consiga sair (se for embora mesmo) de uma forma bem mais leve, assim como o seu semblante após a coletiva de imprensa na sala do Mineirão, no que pode ter sido sua última presença no estádio como comandante do Galo, e recordista de jogos pelo Brasileiro no clube.
Por ge