SAÚDE

Secretaria de Saúde declara epidemia de dengue no Paraná; regiões oeste e norte concentram maioria dos casos

Desde agosto do ano passado estado registra alta dos casos. Cinco pessoas morreram em decorrência da doença no período.
20 de abril de 2022
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A Secretaria de Estado da Saúde declarou situação de epidemia de dengue no Paraná após quase 15 mil novos casos da doença serem confirmados desde a semana passada.

Boletim epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira (19) informa que, desde agosto do ano passado, cinco pessoas morreram em decorrência da doença e mais de 80 mil casos foram notificados no Paraná.

O cenário de epidemia se configurou, explica a Sesa, com o número de casos suspeitos e confirmados de dengue acima do esperado para o período.

Alerta na região Oeste

 

De acordo com a secretaria, as regiões oeste e norte concentram a maior parte dos casos.

Francisco Beltrão, Medianeira, Arapongas, Cascavel, Salto do Lontra, Ampére, Catanduvas, Iracema do Oeste e Realeza foram os municípios com maior número de casos confirmados nas últimas seis semanas.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, afirma que os boletins epidemiológicos anteriores indicavam que o estado caminhava para uma epidemia.

 

“Apesar do nosso constante monitoramento, por parte da Vigilância Ambiental, os números aumentaram e agora precisamos reverter a situação. Tivemos óbitos e não queremos que os casos aumentem. Já tivemos um trabalho efetivo de combate à doença no passado recente, com apoio da sociedade, e convocamos a população novamente para este enfrentamento”, alerta.

A pior epidemia de dengue já enfrentada pelo Paraná foi registrada entre 2019 e 2020, quando mais de 177 pessoas morreram em decorrência da doença e mais de 227 mil casos foram confirmados.

“Precisamos reavivar os métodos de combate da dengue. Aquele vaso de água, de entulho, na cisterna de captação de água, entulhos devem ser evitados, pois o criador do mosquito pode estar lá”, explica o secretário.

 

Combate ao mosquito

 

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também pode causar outras doenças como zika e chikungunya. De acordo com o boletim semanal, houve 210 notificações de chikungunya, com 12 casos foram confirmados.

A Sesa alerta para a necessidade de estar atento a possíveis criadouros do mosquito, eliminando locais de risco e evitando a propagação das doenças.

 

Por g1 PR — Curitiba

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