O sinal 5G foi liberado em Curitiba nesta terça-feira (16). Com a nova tecnologia disponível, que promete facilitar a vida das pessoas não só nos aparelhos móveis, mas também em diferentes áreas do dia a dia, surgem algumas questões.
A média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo), de acordo com um relatório da consultoria OpenSignal de maio de 2021.
O valor pode variar de região para região, da operadora utilizada e até mesmo do horário em que uma pessoa acessa a rede.
O 5G, por sua vez, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.
Nem sempre o 5G vai atingir as velocidades absolutas, mas a melhora pode ser significativa.
Conheça as vantagens do 5G em relação ao 4G. — Foto: Wagner Magalhães/Arte G1
Essa diferença diz respeito somente à velocidade. Mas o 5G também promete baixa latência, ou seja, um tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de internet – aquele "delay" que acontece em ligações em vídeo, quando é preciso esperar uns segundos até que a pessoa do outro lado veja e ouça o que falamos.
Outra característica do 5G que difere das gerações de rede anteriores é que ele poderá lidar com muito mais dispositivos ligados ao mesmo tempo.
A conexão também será mais confiável, pois um aparelho vai poder se conectar com mais de uma antena ao mesmo tempo.
As versões SA e o NSA usam antenas e frequências dedicadas ao 5G, mas, no caso do segundo, há um compartilhamento do núcleo de rede usado no 4G.
O núcleo de rede é um conjunto de servidores responsável pelo processamento de dados que acontece após o celular se conectar a uma antena.
Ao usar um núcleo 4G na rede 5G, as operadoras aproveitam parte da infraestrutura que existe para oferecer o sinal em um prazo mais curto.
Essa estratégia faz o custo diminuir para as empresas e permite que o sinal seja compatível com mais aparelhos. Por isso, o 5G NSA ainda predomina no mundo.
Segundo a GSMA, que representa operadoras móveis em todo o mundo, 70 países ofereciam internet 5G em janeiro deste ano, mas apenas 16 tinham a versão SA.
Para as pessoas comuns, o 5G NSA oferece praticamente as mesmas vantagens no celular que o SA em termos de velocidade de conexão, de acordo com especialistas.
O 5G SA e o 5G NSA dão a possibilidade de baixar e enviar dados mais rápido inclusive que a conexão DSS, vendida desde 2020 por algumas operadoras com sendo "5G".
O DSS é uma técnica de compartilhamento de frequências que parte do espectro do 4G para oferecer mais de velocidade, ainda que não seja alcançado todo o potencial do 5G.
No primeiro trimestre de 2022, o 5G DSS registrou 51,7 Mbps (megabits por segundo) contra 21,6 Mbps do 4G, segundo relatório do OpenSignal.
As operadoras geralmente não oferecem acesso exclusivo a um tipo de tecnologia de rede, mas cobram pela franquia de dados utilizada.
As empresas, porém, ainda não definiram se haverá reajustes nos preços de pacotes de dados. Essas definições deverão acontecer conforme a tecnologia chegue a uma cidade.
Será preciso ter um celular compatível com a tecnologia 5G. Em julho de 2022, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) listava cerca de 60 modelos homologados.
Há aparelhos partindo de R$ 1,3 mil. Com o tempo, a tendência é que todos incorporem a compatibilidade, assim como aconteceu com o 4G.
Até o momento, apenas a Vivo informou que também será necessário trocar o chip somente para acesso ao 5G "standalone" (SA), para quem tem aparelhos compatíveis com essa conexão. O modelo de chip está à venda, mas a operadora não informou o preço.
Para acessar o 5G "non standalone" (NSA), todas as operadoras informam que o chip com 4G é suficiente.
Em relação a planos, Vivo e Claro dizem que não cobrarão a mais pelo 5G. A TIM informou que há um plano específico, com um pacote para “turbinar” o serviço com mais 50GB de internet.
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O 4G vai acabar?
Não. Os celulares atuais continuarão funcionando nas redes 4G, 3G e 2G – essas conexões não deixarão de funcionar.
Por isso, você não precisará de um aparelho compatível com o 5G para usar a internet.
Entenda o que muda com o 5G — Foto: Kayan Albertin/g1
Por g1 PR* — Curitiba