Se o esporte olímpico brasileiro fosse um aluno, passaria de ano em 2024 sem recuperação, mas longe de uma nota dez. A campanha nas Olimpíadas de Paris teve feitos positivos, como as 20 medalhas, o segundo maior da história, e pontos negativos, apenas três ouros, menor número em 12 anos.
Antes das Olimpíadas, o blog fez uma projeção que dava 22 medalhas para o Brasil, o que representaria o recorde histórico (em 2021, foram 21 pódios). O boxe, que tinha projetadas três medalhas, saiu com apenas um pódio e acabou ficando abaixo do esperado. Apesar de surpresas positivas como o taekwondo e o futebol feminino, faltou também uma conquista em um esporte inédito. Tênis de mesa, canoagem slalom e tiro com arco ficaram perto.
Com relação ao número de ouros, o Brasil ficou bem abaixo do esperado. Foram três (Rebeca Andrade, Duda/ Ana Patrícia e Beatriz Souza). Nas duas últimas edições - 2016 e 2021 - foram sete ouros. A projeção inicial do blog era de cinco ouros.
Mas uma edição das Olimpíadas vai muito além das medalhas de ouro. As 20 medalhas colocam o Brasil como o 13º país com mais medalhas no quadro. Se pegar o número de vezes que o Brasil ficou no top 8 de suas provas, 57, também foi o 13º país na lista. As 20 medalhas conquistadas vieram de 10 esportes diferentes: o Brasil também foi o 13º país com maior número de modalidades laureadas.
Depois de duas Olimpíadas seguidas com recordes de medalhas, a delegação brasileira não alcançou os melhores números da história em Paris 2024. Mas não foi uma edição ruim. Os números não são ruins, o Brasil passou de ano e vai para o novo ciclo animado em busca de pódios em Los Angeles 2028.
Por GE