SUDOESTE

Estado defende mudança no calendário de vazio sanitário para a região Sudoeste

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizou, na manhã desta quarta-feira (28)
29 de novembro de 2024
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A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizou, na manhã desta quarta-feira (28), um fórum no auditório do Sistema Faep, em Curitiba, para discutir o período de vazio sanitário da soja na região Sudoeste do estado. A principal conclusão do evento foi a proposta de antecipar em 12 dias o início do vazio sanitário, medida que promete beneficiar a defesa agropecuária e os produtores locais.

Importância do Vazio Sanitário para o Controle de Doenças da Soja

O vazio sanitário é uma medida fitossanitária essencial para o combate à ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Durante esse período, não é permitido o cultivo ou a presença de plantas vivas de soja no campo, evitando que se tornem hospedeiras do fungo. A ferrugem asiática é considerada a doença mais severa que afeta a soja, com potencial para reduzir drasticamente a produtividade e aumentar os custos de controle.

A proposta de antecipação afetará diretamente os municípios da Região 3, última área do Paraná a iniciar o período de vazio sanitário. Caso seja aprovada, o período começará em 10 de junho de 2025 e terminará em 10 de setembro do mesmo ano. A Adapar deve enviar a proposta ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) até 31 de janeiro de 2025.

O evento contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza, que reforçou a relevância das orientações técnicas para os agricultores. “O Paraná, como um estado de destaque na produção agrícola e com uma diversidade climática significativa, exige atenção especial de todos os envolvidos no setor”, afirmou Souza.

Entre os palestrantes estavam:

  • Ricardo Hilman, coordenador geral de proteção de plantas do Mapa, que destacou as ações do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS).
  • Claudia Godoy, pesquisadora da Embrapa, abordando o uso de fungicidas no manejo da doença.
  • Marcílio Martins Araújo, fiscal de defesa agropecuária da Adapar, que apresentou as iniciativas estaduais para cumprimento das normas fitossanitárias.

O chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood, também participou, enfatizando o papel da fiscalização na erradicação de plantas vivas de soja durante o vazio sanitário.

A antecipação do vazio sanitário visa reduzir a incidência da ferrugem asiática ao minimizar a janela de sobrevivência do fungo. Isso resulta em:

  • Diminuição dos custos de controle com fungicidas.
  • Aumento da produtividade nas safras subsequentes.
  • Preservação ambiental, com redução no uso de defensivos agrícolas.

Além disso, a medida reforça o compromisso do Paraná com práticas agrícolas sustentáveis e alinhadas às diretrizes do Mapa.

O fórum foi organizado em parceria com o Sistema Faep/Senar-PR e o Sistema Ocepar, demonstrando a união de esforços entre entidades públicas e privadas. Agricultores acompanharam o evento presencialmente e online, contribuindo com sugestões para o manejo da safra 2025/2026.

Para mais informações sobre o manejo da ferrugem asiática e práticas recomendadas, visite o site da Embrapa Soja e acompanhe as atualizações no portal da Adapar.

 

Por Diáriod do Sudoeste

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