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Corinthians controla boa parte do jogo e cumpre missão na Vila

Timão perde para o Santos por 1 a 0 na Vila, mas garante vaga; violência deixa jogo em segundo plano
14 de julho de 2022
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Perder a vaga nas quartas de final depois de vencer o Santos por 4 a 0 no primeiro jogo, em Itaquera, era missão quase impossível para o Corinthians.

Os desfalques de Fagner, Renato Augusto, Maycon e Willian seguem pesando para o Corinthians, mas a partida na Vila Belmiro foi jogada em "banho-maria", com um time concentrado, seguro e maduro e que não precisava de tanto talento e inspiração para a classificação protocolar.

Vítor Pereira escalou sua linha de cinco defensores (Rafael Ramos, Gil, Raul Gustavo, Bruno Melo e Lucas Piton) com o lateral-esquerdo com mais liberdade para atacar, tendo o papel de fechar o espaço quando o Santos avançava. Sem a bola, um 5-4-1. Com ela, um 4-3-3, com o mesmo Piton atuando de ponta.

Piton, aliás, é o novo Mantuan da equipe. Negociado com o Zenit, da Rússia, o meia-atacante foi escalado pelo treinador como ponta, lateral e ala, sempre ocupando a faixa direita e ajudando na marcação e na transição. Ele, agora pela esquerda, é o novo coringa do treinador português.

Com quatro gols atrás no marcador, o Santos começou tendo mais a bola, mas a boa marcação corintiana evitou grandes chances. Marcos Leonardo, de cabeça, exigiu uma única boa defesa de Cássio.

O Timão, com maturidade, trocava bons passes no campo de defesa, mas perdia a posse por erros técnicos quando passava o meio-campo. Giuliano, apagado, errou muito.

Na melhor jogada corintiana, Adson saiu do lado direito para o centro e encontrou bom passe para Róger Guedes, que deu finalização de perigo.

No intervalo, VP tirou Giuliano, centralizou Adson e apostou na velocidade de Mosquito pela esquerda. Pouco depois, Xavier e Giovane entraram para dar descanso a Du Queiroz e Róger Guedes.

Lançado em profundidade, Giovane poderia ter feito o seu primeiro gol com a camisa do Corinthians na semana em que renovou e será comprado por R$ 3 milhões, mas falhou na finalização e errou o alvo. Pouco depois, Cássio fez pênalti em Marcos Leonardo e deu chance ao Santos reagir.

Como a missão era quase impossível, porém, o Santos parou por aí e causou tristeza em sua torcida.

Não comparável à tristeza que o torcedor que invadiu o campo e agrediu Cássio fez sentir todos aqueles que gostam de futebol. Um episódio condenável, uma vergonha. Algo que deixa o futebol e qualquer análise sobre jogo em segundo plano. Não se pode normalizar o que ocorreu na Vila.

 

Por Marcelo Braga — São Paulo

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