OLIMPÍADAS

Medina explica volta da parceria com o padrasto para as Olimpíadas: "Senti no coração"

Treinado atualmente pelo australiano Andy King, tricampeão será acompanhado no Taiti por Charles Saldanha, o Charlão, que já foi seu técnico
26 de julho de 2024
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Em Teahupoo para a disputa das Olimpíadas, Gabriel Medina retomou uma parceria antiga na busca por uma medalha olímpica. O surfista terá a companhia padrasto Charles Saldanha, o Charlão, durante a disputa. Treinado atualmente pelo australiano Andy King, o tricampeão contará com o apoio de Charlão, que deixou de ser seu técnico em dezembro de 2020.

Em entrevista ao COB, Medina explicou o convite feito ao padrasto e afirmou que espera surfar pela família nos Jogos Olímpicos de Paris - diferentemente das demais modalidades, as quais serão disputadas na capital francesa, o surfe olímpico acontece em Teahupoo, no Taiti.

- Eu resolvi chamar o Charlão, que é o meu padrasto. A gente já viajou bastante, conquistamos bastante coisa juntos. Eu senti no coração e fico feliz de ter aceitado o convite. É uma pessoa que eu confio bastante. E quero deixar ele orgulhoso. A gente tem uma oportunidade aqui muito grande. Se Deus quiser, a gente vai ser abençoado com a medalha. Mas passo a passo. A gente gosta de levar as coisas passo a passo. Mas é muito especial ele estar aqui.

- Acho que são muitos anos juntos. A confiança mesmo. Eu me sinto bem com ele do meu lado. Então, é o que faz sentido pra mim. Tudo isso que eu faço, tudo isso que eu vivi, tudo isso que eu vivo. Eu acho que surfar pra minha família sempre vai fazer sentido. Então, é bom ter ele aqui.

 

"Onda perfeita"

 

Além da parceria com o padrasto, Medina também comentou a possibilidade de surfar em Teahupoo, no Taiti, local que considera ter a melhor onda do Circuito Mundial de Surfe.

- Essa onda é uma onda perfeita, uma esquerda tubular, é a minha onda favorita do circuito. Eu gosto de surfar ondas assim, desde pequeno eu surfo muito Maresias, Paubas, que são ondas que tem tubos, fundo de areia e aqui é fundo de coral, mas me deram bastante base para surfar esse tipo de onda. Então eu me divirto muito. Na real quando eu estou em casa, um dos meus dias mais felizes são esses dias que tem altos tubos em casa, estou com meus amigos surfando o dia inteiro, pegando tubos. Eu acho que onda assim te desafia, é desafiador, então você se superar ali toda onda você não sabe o que vai acontecer, você tem que dar o seu melhor ali, pode ser a melhor onda da sua vida ou pode ser o maior vacão, então, essa onda não te deixa numa zona de conforto.

- Eu fico feliz de estar aqui nas Olimpíadas, é um lugar que é muito especial pra mim. Já tive ótimos resultados e a onda aqui é muito perfeita, então, ter a oportunidade de surfar aqui com mais uma, duas pessoas, é realmente especial e eu acho que tá sendo diferente, né? A gente tá numa ilha, tá bem distante de Paris, mas a gente já tá meio que acostumado com a ilha. Agente já vem aqui há 13 anos, então é um lugar que a gente já sabe como é. É um lugar de paz, tem uma energia boa, a ilha é muito linda, as pessoas aqui tratam a gente super bem, a gente tá com comida boa, então tá tudo certo.

Quarto lugar nas Olimpíadas de Tóquio 2020, Medina busca uma medalha inédita em Teahupoo. Na primeira rodada, ele tem como adversários o japonês Connor O'Leary e o salvadorenho Bryan Perez.

Além de Gabriel, o Brasil será representado no surfe olímpico masculino por FIlipe Toledo e João Chianca. Já no feminino as brasileiras em ação serão Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Thainá Hinckel.

Por GE 

 

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