CRIME

Jovem atacada com soda cáustica em Jacarezinho diz ter visto pessoa se aproximar com 'copo borbulhando'

Isabelly Aparecida Ferreira Moro ficou 17 dias no hospital e afirma que não teve sequelas. Acusada do crime foi presa pela polícia. Defesa pediu que ela seja transferida para cela isolada.
11 de junho de 2024
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A jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, atacada com soda cáustica no Paraná, disse em entrevista à RPC nesta segunda-feira (10) que chegou a tentar se afastar quando viu a acusada se aproximando.

O caso aconteceu no final de maio em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do estado. A acusada do crime é Débora Custódio, de 22 anos. Ela fugiu, mas acabou presa pela Polícia Militar (PM). A defesa pediu que ela seja transferida para uma cela isolada.

Isabelly ficou 17 dias internadas no Hospital Universitário (HU) de Londrina, norte do estado. Ela recebeu alta no último sábado (8).

“Acordei depois de três dias. Foi a sensação mais horrível da minha vida. Do nada você está bem e, de repente ,você acorda intubada, ligada em um monte de aparelho. Eu estava perdida, não sabia o que estava acontecendo”, afirmou.

Isabelly explicou que não teve sequelas, mas comentou que a soda cáustica atingiu a boca, o cabelo e parte dos seios. Por isso, ela está em processo de recuperação, com dieta de alimentos pastosos e gelados.

A investigação

 

A Polícia Civil conseguiu imagens que mostram a acusada do crime, Débora Custódio, andando com roupas pretas e uma peruca por uma rua de Jacarezinho.

Os delegados que investigaram o caso disseram que encontraram a peruca na casa da avó da então suspeita. Segundo eles, o fato dela não ter dormido em casa no dia do ataque e buscado o filho na creche, como costumava fazer, aumentou a desconfiança de que ela poderia ter ligação com o crime.

A motivação

 

Quando Débora foi presa, a delegada Carolinne dos Santos, da Polícia Civil, disse que o motivo para o crime foi ciúmes. Na mesma ocasião, a delegada contou que, no interrogatório, Débora disse que só queria "dar um susto" na vítima.

Na mesma ocasião, o advogado de Débora disse que a cliente detalhou à defesa todo o crime e justificou que a "ação extrema" teria sido resultado de uma "série de humilhações e provocações" sofridas por parte da vítima.

Ela foi denunciada pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado, com as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes), emprego de meio cruel e feminicídio.

De acordo com o MP, a denúncia foi aceita pela Justiça na última sexta-feira (7).

Por G1 PR

 

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