ECONOMIA

Lira cobra cumprimento de acordos após relator retirar 'taxa das blusinhas' de projeto de lei

Presidente da Câmara informou que conversou com Haddad para garantir o acordo
05 de junho de 2024
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou o cumprimento de acordos políticos após o relator do projeto de lei (PL) que cria o Programa de Mobilidade Verde (Mover) retirar o trecho sobre taxação de compras internacionais, que vem sendo chamado de “taxa das blusinhas”.

“Um fato importante é que as coisas têm que ter uma orientação única em relação aos acordos que são firmados entre as matérias que tramitam no Congresso Nacional. Eu penso que o governo irá corrigir e votar o texto que foi acordado”, afirmou Lira a jornalistas nesta terça-feira (4).

O plenário do Senado adiou, nesta terça-feira (4), a votação do PL que cria o Mover. No início da manhã, o relator da matéria, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), anunciou a retirada do trecho que tratava da taxação de compras internacionais.

Lira defendeu o texto aprovado pela Câmara, com o trecho que taxa as compras internacionais, e afirmou que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para garantir o acordo.

O presidente da Câmara também disse que procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para conversar sobre o trecho retirado do texto.

“Eu procurei o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, que me informou que os partidos estavam se organizando para, através de um destaque ou um requerimento de preferência, restabelecer o texto do acordo”, afirmou Lira.

Com o adiamento da votação, a expectativa é de que os senadores apreciem a matéria nesta quarta-feira (5). Os parlamentares poderão apresentar destaque ao texto de

Cunha para alterar o parecer divulgado por ele. Se houver mudanças no projeto, a matéria precisará retornar à Câmara dos Deputados.

“Se o Senado modificar o texto, obrigatoriamente tem que voltar para a Câmara. Não sei como os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo. Não é fácil votar uma matéria quando ela tem uma narrativa de taxar blusinhas. Não estamos falando disso, estamos falando de emprego, de justiça de competição, de indústria nacional”, complementou o presidente da Câmara.

Por CNN Brasil

 

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