POLÍCIA

Polícia encontra 3 milhões de dólares escondidos em parede de casa durante operação que prendeu suspeitos de tráfico de drogas

Casa fica em Curitiba, no bairro Barigui. Valores foram descobertos durante operação realizada em três estados. Dois homens foram presos.
08 de março de 2024
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Imagens feitas durante uma operação da Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF) mostram malotes de dinheiro escondidos dentro de uma parede falsa em uma casa. Assista acima.

A TV Globo apurou que a residência fica em Curitiba, no bairro Barigui. A Globo também apurou que o dinheiro foi encaminhado à Caixa Econômica Federal e ainda não foi contado, mas a estimativa é que mais de US$ 3 milhões estavam escondidos no local

No dia da operação, a Polícia Federal divulgou que o preso no Paraná estava na região de Curitiba e é um empresário do ramo de transportes, construção civil e de aluguel de máquinas pesadas. O nome dele não foi oficialmente revelado.

Na mesma operação, um homem de Balneário Camboriú (SC) também foi preso. Conforme as investigações, os dois são suspeitos de comandar um grupo ligado ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

 

As imagens feitas na operação em que a parede falsa foi descoberta mostram pacotes fechados, que segundo a polícia, contém dinheiro em espécie. Na mesma imagem é possível ver um pacote transparente com parte dos dólares.

A operação

 

Para operação foram expedidos dois mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão.

Locais em que mandados foram cumpridos:

 

  • Paraná: Curitiba, Tijucas do Sul, Santo Antônio do Sudoeste, Londrina, Loanda, Piraquara, Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul, Matinhos, Pinhais e Fazenda Rio Grande
  • Santa Catarina: Balneário Camboriú, Itajaí, Dionísio Cerqueira, Barra Velha e Itapoá.
  • Ceará: Barroquinha.

 

Segundo a PF, os investigados tiveram bens bloqueados, como imóveis urbanos e rurais, veículos de luxo, motos aquáticas, caminhões e maquinários agrícolas. Contas bancárias também foram bloqueadas.

Nas cumprimento das apreensões, a polícia também encontrou bolsas dentro de carros com mais de R$ 100 mil em espécie.

A PF e RF realizaram buscas também em um escritório de contabilidade em Curitiba, onde o proprietário é suspeito de criar empresas em nome de laranjas e de auxiliar a organização na lavagem de dinheiro.

A ação contou com cerca de 200 policiais federais, 20 auditores da Receita Federal e apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC).

 

Investigações

 

Conforme a polícia, o chefe do grupo utilizava de pessoas e empresas laranjas para lavagem de dinheiro e bens.

De acordo com a investigação, o suspeito adquiria imóveis para uso próprio em nome de uma imobiliária e de uma outra empresa, que foram responsáveis pela compra de ao menos três imóveis de luxo na capital paranaense.

As empresas apresentavam declarações de faturamento à Receita Federal, mesmo sem prestar nenhum tipo de serviço ou registro de venda de mercadorias, apontou a operação.

Conforme a PF, em uma das empresas, foram gastos mais de R$ 8 milhões em aquisição de máquinas pesadas para locação e prestação de serviços, mas nenhum serviço era prestado, conforme indica a investigação.

 

"Noutra empresa ligada ao ramo de 'atividades esportivas' e em nome de sua companheira, eram declarados valores provavelmente falsos relativos a prestações de serviços apenas para justificar e dar aparência de licitude a gastos e despesas pessoais do casal que de fato eram suportados com recursos oriundos das atividades criminosas", diz a polícia

 

Segundo a PF, o chefe da organização criminosa havia sido preso anteriormente por tráfico internacional de drogas e usava documentos falsos para não chamar a atenção das autoridades.

Durante as investigações, a equipe policial identificou duas remessas de cocaínas vinculadas ao grupo, uma delas em uma apreensão de 700 quilos de droga escondidos em uma lixeira de metal. Foi descoberto que o material seria transportado ao nordeste do país.

A outra remessa foi localizada em uma apreensão de cerca de 800 kg de cocaína em um navio rebocador na região de Santa Catarina.

 

Por G1 PR

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