A privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) fez com que ao menos 50 empresas públicas do Paraná também virassem privadas. Entre elas está a Companhia Paranaense de Gás (Compagas), que detém o monopólio na distribuição de gás canalizado no Paraná.
Ao virar uma corporação, a Copel não precisa mais seguir a "Lei das Estatais" e é mais obrigada, por exemplo, a dar total transparência das ações. O mesmo passa a valer para as dezenas de empresas da companhia de energia ou controlada por ela.
A Copel agora pode vender as empresas ou participações sem precisar do aval do poder público, como a Assembleia Legislativa ou o Tribunal de Contas.
Hoje, a Copel controla a Compagas ao ter 51% das ações da empresa de economia mista. O restante dos ativos está dividido igualitariamente entre a paulista Commit Gás S.A. e a japonesa Mitsui Gás e Energia do Brasil.
O anúncio da intenção de vender as ações foi feito pouco mais de um mês após a conclusão da desestatização da Copel na Bolsa de Valores de São Paulo pelo Governo do Paraná. Desde então, a companhia é uma corporação, sem acionista controlador.
A Copel não disse se vai vender todas as ações da Compagas. Porém, em dezembro de 2022, quando ainda era uma estatal, disse ter o objetivo de se desfazer de toda a participação na companhia de gás.
No fim de 2022, o governo estadual renovou por mais 30 anos a concessão da empresa no monopólio de distribuição de gás natural. Para isso, a Compagas pagou ao estado R$ 508 milhões pela chamada outorga. O dinheiro está nos cofres públicos desde dezembro.
O gás natural é enviado para uma rede de 850 quilômetros nas regiões de Curitiba e Ponta Grossa. O serviço abastece cerca de 50 mil casas, 187 indústrias e 38 postos de combustíveis no estado.
Segundo a empresa, os serviços são prestados para os seguintes municípios:
Por G1 PR