A Arteris Litoral Sul encaminhou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um pedido para realizar obras em um local fora da faixa de domínio do contrato de concessão do km 668 da BR-376, trecho onde houve um deslizamento de terra em 28 de novembro de 2022.Na época, 14 pessoas foram atingidas pelo deslizamento, sendo que duas morreram. A rodovia liga os estados de Paraná e Santa Catarina e é administrado pela Arteris desde 2008.
No ofício obtido pelo g1, a concessionária aponta que a terra cedeu por conta de uma primeira ruptura, que provocou o deslocamento da terra que estava abaixo.
"Essa primeira ruptura causou o represamento de água das intensas chuvas, e, quando o represamento se elevou o suficiente, encharcando e aumentando o peso do solo, houve a segunda ruptura, a qual, devido ao grau de saturação do solo, foi capaz de produzir os estragos identificados", cita o ofício. O diretor superintendente de Operações da Arteris, Cesar Sass, salientou que a área onde ocorreu a primeira ruptura está cerca de 100 metros acima da faixa de dominío, que não é de responsabilidade da empresa.
Conforme Sass, a obra, que evitaria novos deslizamentos na região, só pode ser feita após autorização da ANTT.No ofício, a Arteris argumenta que "como já houve o deslizamento de massa no local da ruptura 1, o não tratamento da área deixaria o solo exposto, aumentando muito a possibilidade de ocorrência de novos eventos, que poderiam acabar inutilizando as obras da ruptura 2 e até chegando à pista de rolamento".